Com uma trajetória genial, Alexandre Sigolo, ou só Sigolo, como é mais conhecido, começou como cervejeiro caseiro em 2004. Se aprimorou tanto, a ponto de ser chamado para cuidar da produção da Cervejaria Nacional, que estava nascendo nos moldes de hoje, em 2011. Depois reformulou a Cervejaria Burgman, e hoje é cervejeiro da Tarantino. Isso, sem contar, que é um dos proprietários da Escola Cervejeira Sinnatrah, escola que formou muitos profissionais que hoje atuam no mercado.
A Tarantino nasceu com um perfil bem urbano, isso se refletiu no local escolhido para instalação, uma antiga fábrica no Bairro do Limão. Sua decoração tem a cara da cidade, com grafites em todas as paredes, que também viraram inspiração para os rótulos das cervejas. Hoje não é só um ponto para se beber boas cervejas, também “abraça” várias manifestações culturais e eventos.
A proposta da Tarantino, sob o comando do Sigolo é produzir cervejas sem tanta complexibilidade. Possuem uma cozinha para testes, onde são produzidas as cervejas mais complexas, só que em menor quantidade, que acabam só sendo vendidas em eventos na própria cervejaria.
Na coluna da História da Cerveja, entramos na escola americana, ou estadunidense.
A partir de 1970 começou o movimento dos Homebrews, os cervejeiros caseiros.
Em 2018 os Estados Unidos chegam ao número de mais de 7.500 cervejarias. Esse crescimento é muito em função dos produtores artesanais. O movimento Craft Beer lá é muito grande, muito unido e organizado. Este boom começou antes de 1970, em 1965 com Fritz Maytag, da cervejaria Anchor. Foi a Anchor que através da sua Libert Ale, criou o estilo American IPA. Destacamos também a Sierra Nevada e Samuel Adams.
Outra cervejaria fantástica é a Dog Fish Head, apesar de ser uma das mais novas de 1995. O seu fundador teve um programa sobre a cultura cervejeira e ajudou muito a difundir as Craft Beer.Este programa chegou a passar aqui no Brasil por um canal de TV a cabo
Mais uma cervejaria importante, é a Cervejaria Stones de 1996, com suas bombas de lúpulos. Vieram para agradar os HopHead (termo usado para quem é apaixonado por lúpulo). Quem legalizou a profissão de Homebrew, foi o Presidente Jimmy Carter.
Este crescimento chamou a atenção das grandes cervejarias. Tanto é, que em 2011 a Ambev comprou a Goose Island, famosa pelas suas cervejas maturadas em barril. Os barris usados pela Jack Daniels foram oferecidos primeiro para a Goose Island.
Outra aquisição que mexeu muito com o mercado americano de cervejas foi o da Ballast Point, que foi comprada pela Constellation por um bilhão de dólares, produtora da cerveja Corona, aquela da garrafa transparente que se bebe normalmente com um pedaço de limão.
Nossa Trilha Sonora para este programa foi:
- Arjen Lucassen – Batlle Of Evermore (é um compositor e músico holandês conhecido principalmente por seus álbuns do projeto Ayreon. No Ayreon, ele junta várias performances de diferente artistas e vocalistas para gravar os álbuns);
- Faith no More – Caffeine (é uma banda de rock norte-americana formada em São Francisco, Califórnia em 1979. Caffeine é do álbum Angel Dust de 1992);
- Bêbados habilidosos – Cerveja (é uma das primeiras e principais bandas de blues do estado de Mato Grosso do Sul. O grupo faz o típico estilo bad boys boêmios e suas letras trazem principalmente esse tema);
- At The Drive-In – Enfilade (é uma banda americana de post-hardcore formada em El Paso em 1994);
- Haken – Cockroach King (é uma banda de metal progressivo londrina. Esta música é do terceiro álbum, The Mountain, de setembro de 2013).
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